Poema para o 3º G
Pensaram poder
pelo menos
parar o tempo
e ficar ali mesmo
lendo poemas
quiseram começar
caber em coisas
coisificadas em versos:
aprendiam poesia.
Lucas se viu com perucas
Duda não teve mais dúvidas:
viu Fernando pedalando
e saiu recitando
um poema que estava dando medo
em João Pedro
“Que esquisitisse”,
pensou Clarice,
ao ver o artista Michel
pintando mesmo sem papel
E então o Felipe
fez uma casa de pau-a-pique
convidou o Eduardo Ferreira
mas ele preferiu uma de madeira
Com um quente cachecol
lá estava Carol
curtindo o maior sol
junto com Valentina
que só queria saber
de jogar serpentina
Já a Fernanda ganhou um panda
do Lucas G
que não quis nem saber
porque é que o Gui
não conseguia parar de rir
E então chegou Luciana
recitando um poema bacana
para o menino Dudu
que estava de cabelo azul!
Foi no meio dessa dança
que a turma sentiu a mudança:
depois que aprenderam poesia
os dias ganharam alegria!
(Ana Amália - 21/05/2010 - brincando de rimar com fins pedagógicos: meus alunos estão tendo contato com poesia pela primeira vez).
domingo, 23 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Pablo Neruda
LIX
Por qué no nací misterioso?
Por qué crecí sin compañía?
Quién me mandó desvencijar
las puertas de mi propio orgullo?
Y quién salió a vivir por mí
cuando dormía o enfermaba?
Qué bandera se desplegó
allí donde no me olvidaron?
(In: Libro de las preguntas).
Por qué no nací misterioso?
Por qué crecí sin compañía?
Quién me mandó desvencijar
las puertas de mi propio orgullo?
Y quién salió a vivir por mí
cuando dormía o enfermaba?
Qué bandera se desplegó
allí donde no me olvidaron?
(In: Libro de las preguntas).
sábado, 8 de maio de 2010
Frederico Barbosa
Avenida Brasil, SP
flor de farol
colhida às pressas
entre o tédio maquinal da marcha lenta
sinal
de diferença
em meio à indiferença metálica
desses corpos impessoais
na agonia
da imobilidade densa
semáforo
signo insano
ensaio de abalo sísmico
lente de aumento
no amor e na impaciência
(Do livro Rarefato).
flor de farol
colhida às pressas
entre o tédio maquinal da marcha lenta
sinal
de diferença
em meio à indiferença metálica
desses corpos impessoais
na agonia
da imobilidade densa
semáforo
signo insano
ensaio de abalo sísmico
lente de aumento
no amor e na impaciência
(Do livro Rarefato).
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